Quando, como e o que levou ao aparecimento da vida na Terra e uma pergunta que a humanidade tenta responder á milhares de anos surgindo numerosas teorias de âmbito religioso, cientifico e a até de pura ficção e especulação de alguns. Estas são as teorias mais relevantes que nos foram apresentadas ao longo dos anos:
Criacionismo - Até ao século XIX considerava-se que todos os seres vivos existentes se apresentavam como sempre tinham sido. Toda a vida na terra era produto de uma entidade toda poderosa, facto que permitia esconder o facto de não existirem conhecimentos suficientes para uma explicação racional.
Teoria Cosmozóita - No final do século XIX vários cientistas alemães nomeadamente liebig, Ritcher e helmholtz, tentaram explicar o aparecimento da vida na terra com a hipótese de esta fosse proveniente doutro ponto do universo sobre a forma de poros resistentes, nos meteoritos.
A presença de matéria orgânica em meteoritos na terra tem sido usada como argumento a favor desta teoria, o que não invalida a contaminação terrestre após a queda do meteorito.
Esta teoria foi mais aprofundada por outros cientistas mas as suas ideias acabaram por cair em descrédito pois era pouco credível que quaisquer esporos sobrevivessem á radiação do espaço, ao calor da entrada da atmosfera entre outros.
Teoria de Oparin -
Por volta de 1930, um cientista russo chamado Aleksandr Oparin formulou uma nova hipótese para explicar a origem da vida. Isso culminou com seu livro A Origem da Vida.
Oparin possuía conhecimentos em astronomia, geologia, biologia e bioquímica e os empregou para a solução deste problema.
Por seus estudos de astronomia, Oparin sabia que na atmosfera do Sol, de Júpiter e de outros corpos celestes, existem gases como o metano, o hidrogénio e a amónia. Esses gases são ingredientes que oferecem carbono, hidrogénio e nitrogénio. Para completar estava faltando o oxigénio, então pensou na água.
Para Oparin explicar como poderia haver água no ambiente ardente da Terra primitiva, ele usou seus conhecimentos de geologia. Os 30 km de espessura média da crosta terrestre constituídos de rocha magmática deixam sem sombra de dúvidas a intensa actividade vulcânica que houve na Terra. É sabido que actualmente são expelidos cerca de 10% de vapor de água junto com o magma, e provavelmente também ocorria desta forma antigamente.
A persistência da actividade vulcânica por milhões de anos teria provocado a saturação de humidade da atmosfera. Nesse caso a água não mais se mantinha como vapor.
Oparin imaginou que a alta temperatura do planeta, a actuação dos raios ultra-violeta e a ocorrência de descargas eléctricas na atmosfera (relâmpagos) pudessem ter provocado reacções químicas entre os elementos anteriormente citados, essas reacções daria origem a aminoácidos.
Começavam então a cair as primeiras chuvas sobre o solo, e estas arrastavam moléculas de aminoácidos que ficavam sobre o solo. Com a alta temperatura do ambiente, a água logo evaporava e retornava à atmosfera onde novamente era precipitada e novamente evaporava e assim por diante.
Oparin concluiu que aminoácidos que eram depositados pelas chuvas não retornavam à atmosfera com o vapor de água e assim permaneciam sobre as rochas quentes. Presumiu também que as moléculas de aminoácidos, sob o estímulo do calor, pudessem combinar-se por ligações peptídicas. Assim surgiriam moléculas maiores de substâncias albuminóides. Seriam então as primeiras proteínas a existir.
A insistência das chuvas por milhares ou milhões de anos acabou levando ao aparecimento dos primeiros mares da Terra. E para estes mares foram arrastadas, com as chuvas, as proteínas e aminoácidos que permaneciam sobre as rochas. Durante um tempo incalculável, as proteínas acumularam-se nos mares de águas mornas do planeta. As moléculas se combinavam e partiam-se e novamente voltavam a combinar-se em nova disposição. E dessa maneira, as proteínas multiplicavam-se quantitativa e qualitativamente.
Dissolvidas em água, as proteínas formaram colóides. A interpenetração dos colóides levou ao aparecimento dos coacervados.
É possível que nessa época já existissem proteínas complexas com capacidade catalisadora, como enzimas ou fermentos, que facilitam certas reacções químicas, e isso acelerava bastante o processo de síntese de novas substâncias.
Quando já havia moléculas de nucleoproteínas, cuja actividade na manifestação de caracteres hereditários é bastante conhecida, os coacervados passaram a envolvê-las. Apareciam microscópicas gotas de coacervados envolvendo nucleoproteínas. Naquele momento faltava apenas que as moléculas de proteínas e de lipídios se organizassem na periferia de cada gotícula, formando uma membrana lipoprotéica.
Estavam formadas então as formas de vida mais rudimentares.
Estas teoria todas pareciam correctas para as pessoas na altura mas quem sabe se uma teoria tao complicada como esta pode estar tao errada como as outras, quando sera que podemos ter uma resposta que não tenha qualquer margem de erro.