domingo, 30 de outubro de 2011

Teoria da isostasia e as glaciações

Nos finais do séc XIX, muitos geologos começaram a recolher varias evidencias de que as linhas de costa, por exemplo, numa determinada zona costeira tinham mudado ao longo do tempo em algumas zonas do globo. Geólogos como Edward Suess Clarence Dutton proporam teorias para explicar este fenómeno.
A teoria de isóstasia as teorias que procuram explicar as compensções que ocorrem em profundidade dos relevos superficiais em relação ao peso (densidade). A partir de uma determinada profundidade (entre os 50km e 100km), no manto superior, a temperatura é suficiente para haver um comportamento plastico dos materiais constituintes dessa zona e o material crustal mais rigido "flutua" sobre o material plastico- nivel de conpensação isóstatico.

É fato conhecido atualmente que no passado o planeta atravessou uma série de períodos de glaciação intercalados com períodos de temperaturas mais amenas. Além das mudanças climáticas, essas “idade do gelo”, são caracterizadas por um crescimento das calotas polares. O crescimento das calotas polares causa dois fênomenos simultâneos: rebaixamento global do nível do mar e sobrecarga das áreas continentais por extenções de dezenas de quilômetros por uma capa de gelo que pode chegar a alguns poucos quilômetros de espessura.
As variações globais do nível do mar relacionadas aos períodos glaciais e interglaciais são denominadas de mudanças glacio-eustáticas. Essas mudanças são instantâneas, uma vez que a modificação do nível do mar é uma resposta direta a quanto de água fica retida nos continentes na forma de gelo e neve. Já o reajuste isostático ocorre mais lentamente. Isso porque depende do fluxo de material na astenosfera, que é lento uma vez que envolve material dominantemente sólido. Assim, quando ocorre um perído de glaciação, o nível do mar desce rapidamente, mas a litosfera permanece “elevada” por um tempo, antes de começar a subsidir. Se a litosfera subside a mesma quantidade que a diminuição do nível do mar, parecerá não te havido nenhum movimento relativo deste. No período de deglaciação, o oposto ocorre. A elevação do nível do mar ocorre rapidamente, mas a resposta isostática ao descarregamento é mais lenta e uma grande quantidade de soerguimento residual irá ocorrer após a remoção completa da calota polar e a elevação glacio-eustática do nível do mar já ter terminado.

Um dos casos que pode ser referido como exemplo de anomalia isostática negativa é o levantamento do bloco escandinavo. Através de registos históricos, pôde constatar-se que durante o século XIX o golfo de Botnia se elevou aproximadamente cerca de 9 mm/ano. Tais observações são confirmadas através de marcas que foram sendo colocadas nas bermas das praias e que agora se encontram elevadas a grandes altitudes. Os geólogos constatam ainda que antigas praias, com cerca de 12 000 anos, estão agora situadas 400 m acima do nível actual do mar. Desta forma, pode ser registada uma correlação entre uma anomalia negativa e um levantamento da crusta terrestre.





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