Mais de oito mil pessoas ficaram desalojadas na sequência do sismo que na manhã desta terça-feira atingiu o norte de Itália. A maioria está a ser alojada em acampamentos montados pela Proteção Civil, mas a instabilidade dos terrenos está a deixar a população preocupada. Foi decretado luto nacional para o dia 4 de junho.
Filipa Canhão, uma portuguesa que vive em Itália há 13 anos, contou, ao JN, que nos locais onde o abalo foi mais forte, os terrenos cederam entre sete e 10 centímetros.
Há também fortes críticas pelo facto de as autoridades nunca terem tomado medidas de prevenção relativamente aos tremores de terra.
"Esta zona não é considerada de risco sísmico, por isso, os edifícios não eram obrigados a adotar medidas anti-sísmicas", afirmou, acrescentando que a maioria das 15 vítimas são operários que morreram em fábricas pré-fabricadas.
O sismo da manhã desta terça-feira atingiu uma escala de 5,8 de magnitude na escala de Ritcher e teve epicentro na localidade de Finale Emilia, na província de Modena.
O terramoto foi sentido pelas 9 horas (8 horas em Portugal continental) e, desde então, foram já sentidas mais de 50 réplicas, algumas delas bastante fortes.
Filipa Canhão, que vive em Ravenna, disse não ter sentido o sismo. "Eu estava no carro, a caminho do escritório, e só estranhei haver muito trânsito. Quando cheguei ao centro da cidade, estava toda a gente na rua, assustada".
Por volta das 13 horas, ocorreu um novo abalo. "Como estava num rés-do-chão, também não o senti, apesar de ter sentido uma impressão muito estranha no corpo e de os candeeiros abanarem", acrescentou.
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